domingo, 20 de agosto de 2017

Relógios com marcadores IIII ou IV

Só pra constar nos relógios , é aceito os dois tipos de numeração.
Pois já li algumas postagem desmerecendo pessoas , artistas , falando que fez errado o relógio com números romanos.
Se informem antes de falar besteira.

» Mostradores: IV ou IIII?
Por que nos mostradores dos relógios públicos e também nos de pulso o número quatro, em algarismos romanos, é IIII e não IV?
De fato, do Big Ben, o relógio público mais famoso do mundo, aos relógios de pulso de marcas renomadas ou não, nos falsificados e nas réplicas de relógios antigos, se os algarismos forem romanos, o IV é IIII.
No começo da história da escrita de algumas civilizações como a egípcia, a babilônica e outras, os primeiros nove números inteiros eram anotados pela repetição de traços verticais, como na figura 1. Depois este método foi mudado, devido à dificuldade de se contar mais do que quatro termos e ficou como mostra a figura 2.
Há muitas teorias para justificar a manutenção do IIII, nos mostradores, mas duas delas parecem mais perto da realidade.
Primeira teoria
A utilização dos números romanos data do 7º século antes de Cristo, nos primeiros marcadores do tempo existentes, que eram os relógios de sol. A composição para os números romanos era diferente da que conhecemos hoje. Como sabemos, atribuíram o valor 1 para a letra I, valor 5 para a letra V e o valor 10 para a letra X e realizavam a composição dos números somando os seus valores, no sistema " aditivo ", da seguinte forma:
1 - I
2 - II
3 - III
4 - IIII
5 - V
6 - VI
7 - VII
8 - VIII
9 - VIIII
10 - X
O 4 é representado por IIII e o 9, por VIIII, divergente da forma que aprendemos hoje, que é uma mistura do sistema " aditivo" e do sistema "subtrativo". O sistema "aditivo"/ subtrativo" para a formação dos números romanos foi raramente usado pelos romanos durante a Idade Média: em meados do século 15, que é considerado o final da Idade Média, são encontradas as primeiras menções do número 9 como IX.
Com a utilização do novo sistema para a formação dos números romanos, a utilização do número 4 na forma de IIII foi mantida exclusivamente para os mostradores de relógios. A decisão deve ter sido tomada levando em consideração o equilíbrio visual dos antigos artesãos relojoeiros.
Segunda teoria
Os algarismos romanos são formados por letras e, portanto, a combinação de duas ou mais letras, quando utilizadas para formar um número, podem também significar uma palavra ou uma abreviação. Entre os deuses romanos pagãos encontramos um de primeira grandeza, que é "Júpiter" e que também era designado pela abreviação "JU" para facilitar o processo de escrita. Inclusive por entalhamento, a letra "J" era escrita como um 'I" e a letra "U' como um "V". Dessa forma a abreviação para Júpiter era escrita na forma de "IV" , isto é, da forma que foi escrito o número 4 em romano a partir do final da Idade Média. Provavelmente a igreja católica, no seu período mais rigoroso da Inquisição, para que as marcações de hora de um mostrador de um relógio não fossem interpretadas como 1, 2, 3, deus Júpiter, 5, 6 etc., tenha determinado que se mantivesse o uso do número 4 na antiga forma de IIII, para que não houvesse a lembrança e conseqüente veneração do deus pagão Júpiter através dos mostradores dos relógios
Naqueles tempos quem venerasse outros deuses diferentemente do deus reconhecido pelo cristianismo, seria condenado à morte.
Mauro Lucchini

http://www.abracore.org.br/mostradores.php
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